Sempre que se fala no “Holocausto”, temos a imagem de judeus morrendo ou aprisionados... Curioso é o que o Estado de Israel está fazendo na Faixa de Gaza, território palestino: bloqueou os acessos a Gaza e transformou-a num gueto de 362 km² em que se amontoam 1,5 milhões de pessoas, 35% das quais no desemprego e 35% em situação de pobreza absoluta. Adotar punição coletiva é intolerável, além de ineficaz, pois acaba apenas jogando mais jovens no desespero que é, em parte, a estufa em que se incubam terroristas.
Israel alega que sua soberania está ameaçada e, além de não reconhecer o Estado da Palestina, tenta sufocar o Hamas, grupo eleito democraticamente, naquela região. Qual soberania será que realmente está sendo prejudicada? Isto sem lembrar as guerras, conquistas e genocídios previamente cometidos.
Dois novos estudos revelam algo que os meios de comunicação omitem: todos os documentos mais recentes do grupo majoritário (Hamas) no Parlamento palestino sugerem que ele está disposto a aceitar o Estado israelense. A pergunta é: esta oportunidade para a paz será aproveitada? Porque será que a recíproca não ocorre?
O bloqueio impede, além da entrada de alimentos, a de instrumentos musicais e a de livros (realmente, artigos muito perigosos para a soberania israelense!). Porque permitem que a situação continue? Onde está a intervenção da ONU? Devemos nos lembrar que quem manda nesta organização é os EUA, onde o apoio judeu é essencial, seja na economia, política ou mídia.
Basta deste Sionismo!
Com a palavra, judeus pacifistas e sensatos:
'Um Estado judeu, um Estado democrático, e toda a Terra de Israel. Não podemos ter todos os três elementos. O que podemos é decidir sobre dois deles. Podemos ter um Estado judeu e democrático, que não incluirá toda a área da Terra de Israel. Você pode ter um Estado judeu que não seja democrático e que integre toda a área de Israel, assim como podemos ter um Estado democrático, que inclua todo o território, mas que não será um Estado judeu. '' Do escritor israelense Haim Beer.
'Gaza lembra o Holocausto', diz o ministro da Justiça israelense, Yosef Lapid.