Os valores dos impostos são muito pertinentes e um assunto discutido constantemente pelos políticos, mas pouco se fala sobre em qual etapa da produção ele deve ser taxado, sobre qual produtos e por quanto tempo. De nada adianta aumentar os impostos do leite enquanto se abaixa os que incidem nos Ipods!
"O brasileiro paga a tributação sobre sua renda (IRPF e INSS), seu patrimônio (IPTU e o IPVA) e paga também tributação sobre seu consumo (produtos e serviços). Desta forma ele paga, em média, 18% sobre a renda, 3% sobre o patrimônio e 23% sobre o consumo."
Com esta fórmula, os pobres, que gastam quase toda sua renda com consumo básico, pagam a maior parcela das taxas, enquanto que a classe alta gasta pouco com seus imóveis e automóveis, além da própria renda, que para os ricos pesa relativamente menos que para a classe baixa. Na Inglaterra, o típico é viver a vida inteira de aluguel, pois comprar um patrimônio e mantê-lo complica as finanças, enquanto que todos têm acesso a comida e roupa, onde as taxas são baixíssimas ou mesmo nulas.
"Na maioria dos países, alimentos não pagam impostos. Inglaterra, Chipre, Irlanda e Hungria praticam alíquota zero de impostos para alimentos industrializados. Segundo o IPEA, a isenção de tributos sobre os alimentos reduziria a população indigente das principais áreas urbanas brasileiras em 25% (quase 3 milhões de pessoas)."
Isto é reduzir a pobreza, sem precisar taxar a Classe Alta, responsável pela produção nacional, administração das empresas e geração de emprego. Um exemplo que eu mesmo presenciei foi que o sanduíche do Subway, de 30 cm e de ótima qualidade, custa menos de 05 libras, enquanto que o maço de cigarro varia de 07 a 10 libras, como na foto.
Porque no Brasil é o contrário?! Qual é a prioridade, o fumante ou o faminto? Eu não tenho dúvidas...