"Laissez faire, laissez aller, laissez passer, le monde va de lui-même"

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Desmistificando o 'New Deal'


Como Hayek observou, "alguns discípulos mais ortodoxos de Keynes parecem consistentemente ter abandonado toda a teoria tradicional da determinação de preço e da distribuição, toda ela usada como a espinha dorsal da teoria econômica, e em conseqüência, na minha opinião, deixaram de entender de economia."


“Roosevelt acreditava que o governo americano era o principal responsável para lutar contra os efeitos da Grande Depressão. Em uma sessão legislativa especial, conhecida como 'Hundred Days', Roosevelt, juntamente com o congresso americano, criaram e aprovaram uma série de leis que, por insistência do próprio presidente, foram nomeadas de 'New Deal'. Estas leis forneceriam ajuda social às famílias e pessoas que necessitassem, forneceriam empregos através de parcerias entre o governo, empresas e os consumidores, e reformou o sistema econômico e governamental americano, de modo a evitar que uma recessão deste gênero ocorresse futuramente.

O New Deal ajudou a minimizar os efeitos da Grande Depressão nos Estados Unidos da América. A economia americana gradualmente, mas lentamente, passou a recuperar-se, desde 1933. Ao longo da década de 1930, os Estados Unidos gradualmente abandonaram o uso do padrão-ouro, decidindo ao invés disso, fortalecer a moeda nacional, o dólar, o que também ajudou na recuperação da economia americana.”


Quem nunca ouviu falar do suposto milagre econômico do 'New Deal' (baseado na Política Keynesiana) e da genialidade de seu mentor, o presidente Franklin Roosevelt? De como tal plano foi responsável por recuperar a economia norte-americana e, consequentemente, a mundial da maior crise de todos os tempos? Pois bem, venho aqui lhes apresentar uma nova versão, amplamente defendida por economistas renomados e bem embasada, mas que ainda não foi divulgada o suficiente pra desmistificar o que ocorreu na Grande Depressão.


O plano se baseava em o governo norte-americano investir na economia a qualquer custo e nas obras públicas, gerando emprego e acionando a economia. Mas... de onde viria capital para impelir tamanha economia?! Ao final de seu governo, Roosevelt havia triplicado os impostos, 'abandonado o Padrão Ouro' (que mantinha a moeda padronizada, impedindo a inflação) para que pudesse imprimir quanto papel moeda quisesse (essa é a solução, criar dinheiro!) e conquistado uma série de déficits anuais que só seriam recuperados décadas depois.

Por mais que o governo conseguisse gerar empregos, os altos custos de tal manobra impediam que a iniciativa privada (aquela que comporta a maioria dos empregados) se recuperasse da recessão e pudesse prosperar novamente, como havia feito na década de 20! Além dos impostos que sufocavam as empresas, da inflação que travava o comércio e dos déficits que limitavam a influência do governo, o presidente incentivava a cartelização dos preços ao acreditar que a crise fora causada pelo fato destes estarem muito baixos e uma redução da produção industrial e agrícola, tentando elevar o preço do produto final a partir de uma oferta baixa. (Sim, o governo tentava elevar o preço dos produtos!)

Roosevelt cometeu um grande erro: ele invertou a causa e a consequência, pois acreditou que os baixos preços causaram a crise, enquanto que na verdade a Depressão que os fizeram cair!


Quais seriam os resultados de um plano tão falho, baseado em uma percepção tão equivocada?!


O PIB real por adulto, que estava 39% abaixo da média histórica no auge da Depressão em 1933, permaneceu 27% abaixo dessa mesma média histórica em 1939 enquanto que o PIB per capita era menor em 1939 do que em 1929 ($847 vs. $857), bem como os gastos pessoais em consumo ($67,6 bilhões vs. $78,9 bilhões). Claramente, o PIB não se recuperava, mesmo após 6 anos da genialidade keynesiana em prática.

As políticas de cartelização do New Deal são um fator chave por trás da fraca recuperação, sendo responsáveis por aproximadamente 60% da diferença entre o nível de produção da época e a média histórica, sendo que isto se dá, entre outros motivos, pelo investimento privado líquido no período de 1930-1940 que foi negativo, de -$3,1 bilhões! Estes são dados que nos mostram como o governo falhou em recuperar o setor privado, responsável pelas fases áureas dos EUA.

O desemprego estava em 17,2% em 1939. Esse número era de fato maior do que o de 1931, que registrou desemprego de 16,1%. Onde está a geração de emprego, que seria responsabilidade do Estado, de acordo com o 'New Deal'? O governo regulamentava tanto o setor com leis, previdências, limites de carga horária, remunerações extras e afins que era extremamente caro manter um funcionário, ainda mais por um sistema privado perseguido pelo governo de sua própria nação!

Curioso que mesmo aqueles que estavam empregados não estavam satisfeitos, pois em 1936 ocorreram greves equivalentes a uma perda de 14 milhões de dias de trabalho, valor esse que apenas um ano depois dobrou para 28 milhões. Obviamente, a insatisfação era generalizada!


Apenas no pós-guerra, com uma esterilização do New Deal e cortes no orçamento (de $98,4 bi em 1945 para $33 bi em 48) foi possível que a verdadeira recuperação econômica acontecesse, como mostra o fato de a produção do setor privado ter aumentado mais de um terço de 45 a 46 (o primeiro após 18 anos).

Que o mito do sucesso do New Deal e da suposta relevância do Keynesianismo sejam esquecidos, de uma vez por todas!



PS: Olha o blog ai gente, no final da lista! --http://libertarianismo.com/index.php/participe/links/54-blogs?start=40 .


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