"Laissez faire, laissez aller, laissez passer, le monde va de lui-même"

terça-feira, 14 de abril de 2009

Legalização das Drogas

Economia:


Estima-se que o governo do Rio de Janeiro tenha gasto, em 2008, R$ 120 milhões no combate ao tráfico (o próprio EUA desperdiça US$ 35 bilhões, anuais, com a repressão). Alguma melhora? A cidade está segura? O tráfico está estagnado? Não, não e não! Gasta-se muito com o combate ao tráfico (o uso da força já se provou ineficaz), enquanto a situação apenas piora, com altíssimos gastos, mortes nos confrontos entre policiais e traficantes e instabilidade na cidade.

Caso as drogas fossem liberadas, os governos lucrariam com os impostos em cima dos produtos, com a geração de empregos formais e com o corte dos gastos no combate ao mesmo, pois a violência não mais estaria associada com 'bocas de fumo, favelas e traficantes'. Pra que gastar combatendo, se é possível lucrar com a regulamentação?!

Saúde:

Encarando um número crescente de mortes e casos de HIV, ligados ao uso excessivo de drogas, o governo de Portugal tentou, em 2001, uma nova abordagem quanto ao problema: descriminzalizar o uso e a posse da heroína, da maconha, cocaína, do LSD e de outras drogas ilícitas. A teoria: focar em tratamento e prevenção, em vez de prender os usuários e os 'comerciantes'.
Cinco anos depois, o número de mortos por overdose encontrados na rua diminuiu de 400 para 290 anuais e o número de novos casos de HIV contaminados pelo uso de seringas, usadas para injetar a heroína, cocaína e outros drogas caiu de aproximadamente 1.400 para 400 (!), de acordo com o Cato Institute, Washington, DC.
“Atualmente, em vez de serem presos, os viciados vão para centros de tratamento e estão aprendendo a como controlar seus vícios ou largá-los de vez”, comenta Glenn Greenwald.

Segurança:

Sabe-se muito bem que o lucro do tráfico de drogas não se compara com os dos assaltos, sequestros, furtos ou qualquer outro crime do gênero. Atualmente, as favelas e os seus comandos (relembrando o 3º Comando ou Comando Vermelho, como exemplos) sustentam seus 'homens de frente', compram armas e políticos com o lucro do tráfico. Os morros hoje são fortalezas, já que o bandido pode lá se refugiar a espera do viciado, que precisa ir à 'boca de fumo' em busca do produto. O que aconteceria se o produto fosse vendido nas cidades? No famoso 'asfalto'?
O tráfico sufocaria, pois ninguém iria optar por subir morro, encarar a violência e comprar um produto sem garantia de qualidade se pode ter um muito melhor e mais acessível nas redondezas! O traficante ficaria 'desempregado', teria que sair de sua fortaleza e tentar a sorte na rua, aonde uma boa atuação da polícia (com novos financiamentos do própria lucro do comércio legal das drogas) poderia facilmente prendê-los.

=> O que diferencia o cigarro que, quimicamente falando, é 2x mais viciante que a heroína, 4x mais que a cocaína e 8x mais que o THC? Aonde está o crime de usar drogas? Onde está a liberdade individual? Onde está a soberania do homem sob o seu próprio corpo? Ficarei com o velho cliché: “Legalização já!”

2 comentários:

Marina disse...

Realmente muito, muito bom mesmo. Valeu a demora ;)

Evandro Sussekind disse...

Fala aí pedro, ando meio sumido, estudo economia e outras coisas além de estar ocupado com a banda, fico feliz que tenha enveredado para o melhor caminho.... vlw!

Template by - Abdul Munir | Daya Earth Blogger Template