"Laissez faire, laissez aller, laissez passer, le monde va de lui-même"

domingo, 7 de junho de 2009

A Educação: Pública e Particular


Só há dois meios de coordenar as atividades econômicas de milhões. Um é a direção central utilizando a coerção – a técnica do Exército totalitário moderno. O outro é a cooperação voluntária dos indivíduos – a técnica do mercado” - Milton Friedman.


Tornou-se um consenso de que a educação é o principal instrumento para gerar oportunidades iguais, desenvolvimento e liberdade, o que acarretaria em menos violência, corrupção, miséria, entre outros problemas crônicos da sociedade brasileira.


O erro está quando exigem uma atuação maior do Estado, quando querem jorrar mais dinheiro dentro desse setor, em vez de repararem os buracos que deixam tudo vazar. A corrupção, a incompetência, a falta de vontade e de motivação e a ausência de competitividade são alguns exemplos de fatores que diminuem a eficiência de um serviço público e, neste caso, da educação.


Uma das opções (e a melhor, na minha opinião) seria transferir a responsabilidade para o sistema privado, que pode fornecer serviços melhores por custo menores. Quase sempre ouvimos alunos da rede pública reclamando da má vontade dos professores (além das faltas), de como a escola é mal cuidada e a infraestrutura deixa a desejar, com paredes sem pintar, cadeiras quebradas e falta de giz. Por que será que isto acontece?!


Primeiramente, não há um interesse direto do diretor em regular seus professores, já que o sucesso ou o insucesso da escola não o influencia, ele não tem como ir a falência, pois ele não é dono de nada ali. Os educadores não precisam se esforçar, pois isso não implica em um aumento salarial e eles sabem que, dificilmente, serão despedidos. Já a infraestrutura seria, na teoria, de todos, mas acaba sendo, na prática, de ninguém. Se uma carteira quebra, o Estado que tem que pagar, se as paredes estão rabiscadas, o Estado que paga, o professor não precisa economizar giz, pois o Estado é quem paga. Infelizmente, o governo não cria riqueza e acaba que todos nós pagamos.


Quanto ao custo, a diferença é assustadora. A ineficiência, aliada com os fatores já citados, elevam absurdamente os gastos do sistema público e culminam em uma má locação dos recursos. Como exemplo, vamos analisar as maiores universidades brasileiras:


A UFRJ gasta, anualmente, R$ 31.611,44 com cada aluno, o que daria uma mensalidade, na média, R$ 1000,00 mais cara que a da PUC-Rj, sendo esta uma das mais caras do estado, com ótimos serviços e infraestrutura. Já a UFMG tem um custo/aluno de R$25.547,85, o que seria um custo 50% maior que o de um aluno no Ibmec. Muitas outras universidades, como a UFF e a UFSM, possuem gastos parecidos, mas acho que a incapacidade do governo de gerir seus recursos já está clara.


Agora que o problema foi constatado e está exposto, temos a fase seguinte. Qual a solução? O que devemos fazer? Como transferir do sistema público para o privado, sem criar um caos? Vou comentar sobre o sistema de Vouchers, proposto por Friedman, e o que temos de mais parecido por aqui, o ProUni.


Como transição, Friedman propôs o sistema de Vouchers (cupons), onde o governo pagaria o estudo privado do aluno (apenas daqueles que não podem pagar), caso fosse esta a opção dele. Seria avaliado o custo do aluno no sistema público (X) e o Estado pagaria a mensalidade, cujo valor máximo seria X. O aluno vai pra uma instituição melhor, o governo tende a diminuir seus gastos e a iniciativa privada lucra com a nova demanda. Onde estão os pontos negativos?


Por fim, temos o ProUni, que fornece bolsas para alunos que não podem pagar nas Universidades Privadas, pois estas os matriculam e, em troca, fazem um abatimento fiscal, um desconto nos impostos. Em 2007, o custo anual de um aluno, matriculado pelo programa, foi de apenas R$ 418,32. Para que o programa fique melhor, só falta ampliá-lo para as outras esferas da educação, como o Ensino Médio e o Fundamental.


Pelo bem dos alunos, dos contribuintes e do futuro do país, que tenhamos a desestatização do sistema educacional!

5 comentários:

Unknown disse...

parabéns pelo blog abraxx c cuida!

Jairo disse...

O colegio publico é pior que o colegio particular + a universidade publica é melhor, já nos EUA o colegio publico é melhor e as universidades dos EUA tanto particulares como publicas sao boas quem estuda consegue uma vaga na publica quem nao estuda tem que pagar muito caro na universidade
nao estuda pra tuh ver. ;)

http://jairojuniorjampa.blogspot.com

Portal Veritas disse...

Educação ainda é um problema neste país. Há muitas necessidades, pouca disposição em mudar a ordem natural das coisas.

Unknown disse...

Boa campeão. Universidade privada que priva aluno de escola pública de ter o diploma universitário.
Sou aluna de escola pública. Se não fosse a FURG, nunca poderia cursar universidade.
Queres um estado para quem?
Converse com um inglês que não pode pagar uma universidade particular,sobre o que ele vai achar do nosso sistema educacional...
A última vez que falei com um, ele sentiu inveja da brasileira aqui.

Lívia Maia disse...

Concordo com os milhões de problemas existentes na educação. Mas acho que o Estado deve prover esse serviço essencial, pelo menos para aqueles que não podem pagar.
Dizer que professores e diretores não têm interesse porque a escola não corre o risco de falir, é dizer que educadores (que eles são) não tem ética ou a missão de educar como meta. Existem muitos desses por aí, todos nós sabemos. Mas não devemos usá-los como exemplo para justificar as falhas do sistema. Devemos cobrar maior empenho.
Sou aluna da PUC- Rio e a mensalidade está perto dos 2000 reais. Ou seja, o aluno da UFRJ não é mais caro do que um aluno da PUC-Rio.
Estudei no Colégio Pedro II, que talvez por ser Federal, ainda funciona e tem um ensino de ótima qualidade. Isso é prova de que as escolas públicas podem ser melhores, mas para isso os salários dos educadores devem ser maiores. Dessa forma teremos profissionais qualificados interessados em dar aulas em escolas públicas. Porque não há como cobrar profissionais melhores com os salários oferecidos pela maioria das ecolas públicas.
Você tocou num ponto que, realmente, vale muito a pena ser pensado: o PROUNI. É um sistema que tem dado certo e merece ser ampliado. Além de ser uma forma de o Governo arcar com as despesas dos hipossuficientes.

Apesar de eu não ser a favor de grandes privatizações, a sua iniciatva de escrever e dar sua solução aos problemas mostra coragem e preocupação com a situãção atual do país. Se cada um externar sua opnião nós poderíamos, quem sabe, chegar a soluções melhores.
Parabéns.

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