"Laissez faire, laissez aller, laissez passer, le monde va de lui-même"

terça-feira, 19 de maio de 2009

As necessidades do governo


Ao redor do mundo, todos os governos e governantes são acusados de corrupção, troca de influências e/ou uso da máquina estatal em benefício próprio. O Brasil não está sozinho nesta, mas o “jeitinho brasileiro” consegue se superar cada vez mais, como prova uma das grandes invenções tupiniquins: o Cartão Corporativo. Coloque o dinheiro do povo em uma conta, distribua cartões para os funcionários públicos e legalize o roubo. O plano perfeito!


Já o ministro do Esporte, Orlando Silva, gastou quase mil reais com hospedagem no Plaza Copacabana, no Rio, na Hotelaria Accor Brasil e cerca de R$ 200,00 na Churrascaria Boi Preto”.


No mínimo, tenho de elogiar o ministro pelo bom gosto. Sabe escolher um bom hotel e uma ótima churrascaria!


Foi por ter usado o cartão para pagar uma tapioca de R$ 8,30 que o ministro Orlando Silva quase perdeu o emprego no ano passado. Acabou devolvendo o que gastara com cartão em 2007 - R$ 20.112,00. Aprendeu a lição”.


Além de usar o dinheiro do contribuinte (eu, vocês, a sociedade) para comprar uma tapioca, assim manifestando-se um corrupto, o ministro é um péssimo negociador. Que tipo de pessoa paga R$8,30 em uma tapioca?! O funcionário do governo apenas representa o que o Estado faz: gasta com o dinheiro que não lhe pertence, assim não tendo a mínima responsabilidade com ele. Quem melhor do que nós mesmos para decidir o que fazer com nossa renda, em vez de sermos obrigados a repassar porcentagens absurdas para o sistema?!


Billy, um gato com 4 anos de idade, foi cadastrado no Bolsa-Família como Billy da Silva Rosa, e recebeu durante sete meses o benefício do governo, R$ 20 por mês.

Eurico Siqueira da Rosa, coordenador do programa no município de Antônio João (MS), recebia o benefício do gato e de mais dois filhos que ele não tem. Os filhos fantasmas faziam jus a R$ 62 cada, desde o início de 2008, quando Eurico assumiu o cargo”.


Quantos casos mais devem existir pelo país? Milhares de cadastros ilegais, sejam de animais, de filhos inexistentes, de quem não precisa ou até de gente morta. Não entrarei no mérito do programa (sou totalmente contra!), mas está claro a sua ineficiência e como os recursos são mal utilizados.


A própria farra das passagens aéreas, onde políticos enviavam filhos, esposas, parentes e/ou amigos para o exterior com as cotas fornecidas pelo governo, é outro exemplo. Não sobrou um inocente; a decepção foi geral quando o próprio Gabeira, “bastião da ética”, confessou seu ato.


O deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), relator do processo contra o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) no Conselho de Ética da Câmara, responde a processo no STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de má utilização de um telefônico público instalado na residência de seu falecido pai, no Rio Grande do Sul. O Ministério Público Federal identificou chamadas do aparelho realizadas para disque-sexos e destinos fora do Brasil”.


O que me intriga é: por que o deputado se dá ao trabalho de ligar para o disque-sexo se o próprio Palácio do Planalto é um bordel?


2 comentários:

Marina disse...

O toque irônico perfeito.

Unknown disse...

Muito bom, mas as "viagens" do Gabeira já não são notícia pra ninguém... hahaah

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