"Laissez faire, laissez aller, laissez passer, le monde va de lui-même"

terça-feira, 26 de maio de 2009

Dia da Liberdade de Impostos


Nesta segunda-feira. o posto que fica na Rua General Goes Monteiro, 195, Botafogo, em frente ao Canecão, na Zona Sul do Rio de Janeiro, se tornou o centro do “Dia da Liberdade de Impostos”, graças à manifestação patrocinada pelas ong's Instituto Millenium e Ordem Livre, que reduziu pela metade o preço da gasolina - em lugar dos R$ 2,54 cobrados normalmente, os motoristas que pagaram R$ 1,27, o valor que sairia todos os dias se não houvesse a cobrança de impostos sobre o produto.


Uma hora antes da distribuição de senhas para o abastecimento, que começou às 10 hrs, no posto que apóia a campanha no Rio, já havia um longa fila. Apesar da espera, os motoristas se mostravam pacientes, diante da possibilidade de economizar até R$ 25,40. Após a venda de 4.000 litros, acabou o protesto. Isso quer dizer: após 200 motoristas terem abastecido o máximo permitido.


A campanha é importante para que as pessoas fiquem mais conscientes dos impostos que pagam e fiquem de olho nos políticos nas próximas eleições, passando a fazer mais pressão pela reforma tributária” - disse Túlio Severo, coordenador do Dia da Liberdade de Impostos.


Também precisamos cobrar explicações sobre a aplicação dos impostos. Vemos, por exemplo, que a cobrança da Cide não está colaborando para a melhoria das estradas, que continuam esburacadas” - acrescentou.


Realmente, é deprimente observar a incapacidade dos governos, principalmente o brasileiro, de fazerem bom uso dos impostos e respeitarem os 147 dias anuais de trabalho pagos pelos contribuintes, conseguidos com muito esforço para pouquíssimo retorno. Destacam-se outros valores altamente taxados, como 83% do preço da cachaça, 56% da cerveja, 52% do xampu, 47% do refrigerante, 41% do brinquedo, 36% do cafezinho, 33,63% do leite e 18% da carne.


Sobre a gasolina, incidem hoje as cobranças da Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), do Programa de Integração Social (PIS) e do Financiamento da Seguridade Social (Cofins), tributos federais que correspondem a 13% do valor final do produto. O consumidor paga ainda ao governo estadual o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), igual a 32% do preço.


A situação fica ainda mais complicada quando lembramos que o transporte de mercadoria é rodoviário, um sistema baseado nos derivados do petróleo, que são altamente taxados e repassam o encarecimento do processo para o valor final. Onde, como sempre, quem paga o pato é o consumidor.


O objetivo é conscientizar a população da sobrecarga dos impostos, que têm impacto maior para quem ganha menos”, diz Ricardo Salles, do Mises, ONG que promove o evento em São Paulo.


PS: O evento também ocorreu de forma semelhante em outras grandes capitais: São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.


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