"Laissez faire, laissez aller, laissez passer, le monde va de lui-même"

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Holocausto Sionista


Sempre que se fala no “Holocausto”, temos a imagem de judeus morrendo ou aprisionados... Curioso é o que o Estado de Israel está fazendo na Faixa de Gaza, território palestino: bloqueou os acessos a Gaza e transformou-a num gueto de 362 km² em que se amontoam 1,5 milhões de pessoas, 35% das quais no desemprego e 35% em situação de pobreza absoluta. Adotar punição coletiva é intolerável, além de ineficaz, pois acaba apenas jogando mais jovens no desespero que é, em parte, a estufa em que se incubam terroristas.

 

Israel alega que sua soberania está ameaçada e, além de não reconhecer o Estado da Palestina, tenta sufocar o Hamas, grupo eleito democraticamente, naquela região. Qual soberania será que realmente está sendo prejudicada? Isto sem lembrar as guerras, conquistas e genocídios previamente cometidos.

 

Dois novos estudos revelam algo que os meios de comunicação omitem: todos os documentos mais recentes do grupo majoritário (Hamas) no Parlamento palestino sugerem que ele está disposto a aceitar o Estado israelense. A pergunta é: esta oportunidade para a paz será aproveitada? Porque será que a recíproca não ocorre?

 

O bloqueio impede, além da entrada de alimentos, a de instrumentos musicais e a de livros (realmente, artigos muito perigosos para a soberania israelense!). Porque permitem que a situação continue? Onde está a intervenção da ONU? Devemos nos lembrar que quem manda nesta organização é os EUA, onde o apoio judeu é essencial, seja na economia, política ou mídia.

 

Basta deste Sionismo!

 

Com a palavra, judeus pacifistas e sensatos:

 

'Um Estado judeu, um Estado democrático, e toda a Terra de Israel. Não podemos ter todos os três elementos. O que podemos é decidir sobre dois deles. Podemos ter um Estado judeu e democrático, que não incluirá toda a área da Terra de Israel. Você pode ter um Estado judeu que não seja democrático e que integre toda a área de Israel, assim como podemos ter um Estado democrático, que inclua todo o território, mas que não será um Estado judeu. '' Do escritor israelense Haim Beer.

 

'Gaza lembra o Holocausto', diz o ministro da Justiça israelense, Yosef Lapid.

4 comentários:

Golasso disse...

Israel, depois de ter sido atacado em 1967, reagiu e tomou militarmente todas as terras da região. Depois, foi pressionado internacionalmente para conceder - de volta - terras aos palestinos, no caso, a faixa de Gaza e a Cisjordânia. Mesmo com a cessão, o governo do Hamas não reconhece o Estado de Israel. Pior: apregoam sua destruição e insistem em lançar mísseis para o lado judeu.

Israel já provou sua autoridade militar em toda a região da Palestina. Não há sentido para a existência de um Estado palestino. É como se os tupinambás exigissem ao governo brasileiro a concessão de terras para a organização de um Estado soberano.

Judeus e palestinos poderiam conviver pacificamente no Estado de Israel, em virtude da comprovada soberania deste sobre aquelas terras. Sobre os fundamentalistas que discordassem com atentados e mísseis, deveria incidir a lei de Israel.

Pedro Duarte Jr. disse...

"Israel, depois de ter sido atacado em 1967, reagiu e tomou militarmente todas as terras da região." -> Ele apenas foi atacado porque, no processo de formação do Estado de Israel, muitos palestinos perderam seus empregos, suas propriedades e foram perseguidos.

"terras aos palestinos, no caso, a faixa de Gaza e a Cisjordânia." -> Territórias estes que são separados, o que dificulta e muito a governabilidade.

"Israel já provou sua autoridade militar em toda a região da Palestina" -> Se autoridade militar em uma região implica em soberania, todos os países deveriam se submeter aos EUA.

"Judeus e palestinos poderiam conviver pacificamente no Estado de Israel" -> O Estado de Israel não é laico, ele possui uma religião que é diferente da dos palestinos.

Golasso disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Golasso disse...

Pode-se também ver a invasão de 1967 não como um reflexo da rebelião palestina, mas como fruto dos interesses da Liga Árabe, notadamente do Egito e da Síria, nas terras da região. Esses países, que não ofereceram asilo digno aos refugiados palestinos, incentivaram o ódio étnico e se aproveitaram disso para invadir Israel visando a seus próprios interesses. Diga-se de passagem: tomaram um dos mais humilhantes sacodes da história.

Faixa de Gaza e Cisjordânia são separadas, mas poderiam apresentar governos "provinciais" com relativa autonomia, que se reportassem a um poder central, viabilizando a administração. Tal como Kaliningrado e a Rússia ou o próprio Alasca e os EUA.

O exemplo do mundo e dos Estados Unidos não é pertinente. Em primeiro lugar, os EUA não reivindicam sua autoridade sobre "o mundo". Em segundo lugar, há vários casos independentes n'"o mundo". A China é capaz de falir os EUA se resolver liquidar seus títulos do tesouro americano. Portanto, os EUA não podem se engraçar com o mundo, ainda mais com uma dívida de 10 bilhões de dólares (45% desta para credores externos). Israel, por outro lado, exerce soberania econômica e bélica sobre os territórios em questão; além disso, reivindica sua posse.

A rigor, o Estado de Israel é laico. A parcela majoritátia (75% da população) corresponde, de fato, aos judeus. Entretanto, comparativamente, 73% da população brasileira é católica, e o Brasil é um estado laico também. Ainda sobre Israel, pouco mais de um quinto de sua população é constituída por árabes.

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